Já parou para pensar o que torna um funcionário indispensável? Eu sempre achei muito errado aquela frase “ninguém é insubstituível”. Como líder, esse tipo de afirmação demonstra o quanto muita gente esquece o valor individual de cada um e o quanto cada funcionário pode contribuir para o crescimento da empresa, manutenção da cultura organizacional e gestão do conhecimento. Sem falar do valor que cada colaborador tem na equipe onde está inserido.
Na minha opinião, cabe ao gestor tirar o melhor e conseguir administrar as diferenças. Encaixar as peças certas nos lugares certos. É fato que, infelizmente alguns profissionais não conseguirão se adaptar ao modo de trabalho de uma equipe, mas isso não quer dizer que eles são descartáveis.
Cada pessoa demitida leva consigo uma história que foi construída durante o período que esteve na empresa. Leva o conhecimento agregado e muitas vezes não documentado. Agora imaginem aqueles funcionários com anos de casa? Imaginem demitir aquele senhor que trabalha mantendo um sistema legado a mais de 10 anos. Quanto conhecimento ele levará?
Passei por uma empresa que, por conta da crise financeira, resolveu cortar vários funcionários em várias áreas. Não houve realmente um planejamento ou preocupação sobre o conhecimento agregado de cada posição. O foco eram os salários e a redução do famigerado head count. Resultado: até hoje, conversando com algumas pessoas, escuto comentários como “ninguém sabe fazer isso” ou “não sei o que representa esse número no relatório. Quem criou saiu da empresa“.
Esse post serve mais para estimular uma reflexão sobre o assunto. Sugiro que passemos a valorizar corretamente os funcionários que temos a as histórias que eles criaram. A demissão é uma situação extrema que deve ser estudada e planejada com cuidado.